quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Retornos 5





Aqui
retorno de
ARAÇÁ, LÍVIA,
SINUCA
e ANDERSON






Araçá
por Soraya Sabino
Vamos ao Araçá!! Adorei a Diva e compartilhei com ela a tristeza da perda do seu amigo João. Todo o dialogo entre Diva e Deoclécio (que nome genial ! onde você achou?) sobre jogo, magia, ter fé....Orixás soprando as mensagens nos sonhos etc, é ótimo, lindo !! tem um drama maravilhoso. Mas quando entra o Fernandão no velório, tem alguma coisa confusa na descrição. Não sei se são os "soldados", ou o próprio conflito de entre Deoclécio, Fernandão, Diva e João ou a cena em si tem muitos detalhes que ainda precisa organizar.
O que você acha?

Lívia
por Lyah Gusmão
Nooosssa adorei, ele é intrigante envolvente, do jeito que um bom romance policial deve ser... Já estou ansiosa para ler o livro....quando chega as livrarias?? Parabéns pelo trabalho

por Elaine Grecco
Adorei Livia! ainda que tenha me feito revirar o café da manhã no estômago diante do cenário escroto do exercício da lei... a Lei é boa... foi feita pra proteger humanos de humanos... o exercício dela é que continua o mesmo desse período retratado no livro.
Já me senti Livia... quando trabalhava em empresa...quando converso com pretensos figurões de qualquer área, que se amparam no poder de um título e não traduzem seu fazer na ética esperada dentro do lugar que ocupa. Livia mantém-se 'viva' por um fio... parece que o fio virou corda com Faustino... viu a mulher morta... lembrou-se da corda, quem sabe "acorda"...?

por Ernesto Gadelha
Pobre Lívia, tão linda, competente e solitária... o cheiro do trânsito de São Paulo, o hálito dos hospitais públicos do Brasil, da polícia e da medicina num mesmo regime de funcionamento... o tempo da vida urbano-contemporânea de Lívia, do corpo abandonado num carro, o olhar e o pensamento vagando como que à procura de uma pausa... a vida-sensação de um monte de gente - e da Lívia - nesse plantão, nesse trajeto entre um hospital-planeta e outro.
Tá tudo aí e não precisa contar mais nada. Sua pontuação por vezes me surpreende.Aguardo ansioso pelo lançamento do livro. Quero conhecer todos os seres dessa constelação.

por Marcelo Jarufe
As imagens criadas com a narrativa tem uma leveza que conduz o leitor suavemente fazendo-o mergulhar, quase sem perceber, no universo da personagem e no mundo fictício criado pela narrativa. Essa suavidade com que é apresentada a personagem e a situação que vive, contrastam com a profundidade da realidade tecida no relato. A narrativa toma volume mostrando como afeta à protagonista uma realidade de forte verossimilhança com a realidade brasileira, a falta de condições mínimas para desempenhar com qualidade a profissão de médico e a crua realidade policial com suas ameaças, configuram um panorama que inclui a crítica às instituições políticas e sociais. O ponto de mutação da realidade cotidiana para as questões mais psicológicas, também é realizado com aquele transito suave de toda a narrativa. As especificações do tipo de vida que leva com os pensamentos sobre o carro começam a aprofundar o conhecimento do momento da protagonista, e a descrição do narrador da sua corrente do pensamento nos leva através da sociedade e suas desigualdades, dos seus pensamentos de classe, da sua vida amorosa, do triste ciclo dessa instituição falida chamada casamento e do caótico transito de São Paulo mostrando um mundo de tensões, e impossibilidades que refletem e explicam a perda do sentido da vida na protagonista
A saudade representada pelo delegado é o clímax dessa sensação de vazio gerada por todos os elementos apresentados que levam a acompanhar o desejo de fuga que a personagem procura através do colocar muito forte o som do seu carro e de acelerar querendo deixar para trás todo o que vive não lhe agrada.
Essa catarse na velocidade deixa no ar a pergunta de como será resolvida essa tensão, para alem da fuga momentânea, o que é um excelente e convidativo fim para continuar lendo mais.
Só não concordei muito com o raciocínio da frase:
A convivência com gente morrendo em macas pelos corredores, pacientes em colchões no chão, falta de equipamentos, medicamentos, leitos e bons colegas combatiam com folga qualquer dos seus ideais.
Passa a idéia que os empecilhos tiram o idealismo e me parece que ao contrário quando existe idealismo, os mais fortes empecilhos são confrontados. Os médicos sem fronteiras são os mais idealistas e convivem diariamente com condições piores que essas...
Então Fábio, esta última crítica, alem de ser verdadeira, tem o objetivo de evitar que a degustação fique só exaltando as qualidades de um texto que evidencia um escritor maduro e com oficio.Parabéns!!!

Sinuca
por Sílvia Soari
Gostei muito do texto, mas agora estou curiosa para saber do começo e o final do livro. Não é monótono, é de leitura rápida, é o tipo de livro que estava procurando para ler, agora sou eu que estou ansiosa em ter um exemplar em mãos e espero que não demore para chegar.

por Elaine Grecco
é muito interessante o modo de fraternidade masculina... é um afeto que fica liberado na base da bronca... um cuidado sutil... de frases condensadas...
a relação de Faustino com afeto me lembra uma frase do Oscar Wilde: "Todo homem mata aquilo que ama". Sônia embagulhou... Livia ficou... por um fio... e ele insiste em "matá-la" da memória... e ela não morre... e vira um zumbi na vida dele... nem morta, nem viva. Homens... Mulheres... esses são os tempos que vivemos nas relações eróticas... de duplas separadas por pontos, reticências, exclamações e poucas interrogações mútuas... o que daria margem para perguntas novas. Pra variar, adorei o conto!

Anderson
por Emma Siliprandi
Tá muito bom, gostei do Anderson. Os diálogos, o cigarro no meio de campo e o trágico final. Bem construído, na medida.... e me deu um arrepio!

por Anderson Gouvea
Gostei muito desta treta, essa questão policia e refém ! Quem é refém de quem, né?
Fiz algumas alterações de pontuaçãoo no texto e te encaminhei.
Quem sou eu para fazer isso, perante você? - Mas achei pertinente e senti esta liberdade.Bom trabalho, boa publicação, quero ir no lançamento,

por Elaine Grecco
considerei sua sugestão sobre o Anderson ( não ler domingo à noite) e deixei para ler hoje, depois do almoço... Péssima idéia também! A comida foi e voltou sem saber se era pra ficar ou não. Necessário esse conto, mas altamente revoltante!!!!