quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Retornos 3



Aqui retorno de
SANTOS, GIVAIR,
DEOCLÉCIO
e GENÉSIO




Santos
por Vera Kaiser
Nossa, Fábio; ADOREI!!!! Belo retrato em branco e preto de nossa recente e triste historia, ilustrada aqui de maneira tão singular, num estilo limpo, incisivo e muito visual. É super atual e universal porque também tem a ver com relações humanas, e essas, seja onde for e passe o tempo que passar, não mudam assim tanto. Enquanto lia, e sobretudo depois do oitavo parágrafo, tive por vezes a nítida impressão de que a leitura adquiriu um “clima” (ritmo?) de futebol, não sei se fui influenciada pelo cenário ou se foi intencional da parte do autor.. Aliás, achei o texto cheio de ritmo, de uma maneira geral. Em todo caso, é uma leitura que prende a atenção do leitor até o ultimo instante, num estilo puro, franco não deixando, porém, de ser mordaz. Mas achei, sobretudo, de muita, muita sensibilidade. Uma ode a tantos e todos Joãos...

Givair
aguarda retorno

Deoclécio
por Soraya Rebouças
Fiquei com gostinho de quero mais!!!!!!
Gostei muito da narrativa, simples, direta e tão cheia de fatos históricos; você soube dosar história com romance!Como filhos da ditadura precisamos conhecer nossa história para quem sabe entendermos nossa inércia frente a tantas barbáries cometidas pelos nossos governantes e quem sabe assim acreditar que ainda podemos ser diferentes!!!!

Genésio
por Josca Barouk
Acabo de ler.... Se a intenção é tirar o chão do leitor, como um analista lacaniano conclui a sessão, você conseguiu! Comecei a me empolgar na leitura, imaginando a moça bonita, toda caída... Única preocupação, o filho... Na paralisia de buscar solução, no aprisionamento do mesmo a cada dia: a violência de se despedaçar como ser humano, a violência de se deixar bater, o medo a feder todo o tempo... O medo dela, o medo dele, o medo, apenas ele. E o menino, mergulhado nisso tudo! Ela pensa em palavras, por isso, ainda humana. Genésio, não sei mais. Parece bicho acuado, encurralado nas não escolhas que fez, sem pertencimento, sem futuro. E o menino, crescendo nesse medo-paralisia, entrega da vida, entrega do vivo.
Ah! Fábio, amigo, você realmente está afiado! Você está no conto com toda a sua inteligência e sensibilidade e o conto está em você, com toda sua concisão, canivete preciso, pontaria certeira. Parabéns!

por Daniel Brazil
Muito bom! Tem ritmo, clima, tensão, fiquei aguardando o tapa o tempo todo.Tem uma frase meio esquisita, o tom parece deslocado na voz da mulher: "- Se você já deu o serviço pro Papão: ele, o Givair e o Fernandão que se ralem." É meio agressivo, não combina com jeitão medroso, conciliatório, da personagem.
O resto está quase perfeito. Trocar algumas ênclises e próclises dariam um tom mais coloquial, não? Ela se apaixonou, em vez de "ela apaixonou-se"... É isso! Bola pra frente, com graça e com gols!