quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Retornos 1
Aqui, retorno de
JOÃO, CLARICE,
DEOLINDA e ANTENOR
João
por Soraya Sabino
Fábio , acho que você vai ganhar uma fã como leitora. Gostei muito do jeito que você narra a história e já quero o próximo capitulo. Posso? O que posso te dizer do "capitulo "João" não é uma critica, mas algo que poderia ser acrescentado. Vou tentar explicar: quando você descreve o João jogando sinuca com o amigo é tão envolvente, que me vi dentro daquele bar, sentada, respirando aquela cena. Senti falta "de algo" parecido no momento, que ele descobre que está com o bilhete premiado no bolso.
por Lissandra Assunção
Fabio, Primeiro imprimi. Depois li em silêncio. Convidei meu marido e li em voz alta. Incrível! A riqueza de detalhes, mas pontuados e de nada exagerados, me encanta. Pude viver aqueles momentos do João em emoções de dó, pena, bondade, vazio e até com certa identificação. Muito obrigada você, por proporcionar esses minutinhos de ÓTIMA leitura. Parabéns e, por favor, avise assim que publicar. Quero ler todos! Preciso de mais momentos como este.
por Melina Sanches
ADOREI JOÃO! Leitura rápida e envolvente - nem vi os tais dos 15 minutos passarem... A trama ficou meio por trás e o impacto do fim foi suave e o retrato do Bixiga ficou mais forte dentro de mim. A forma como você descreveu as situações me colocaram dentro dos lugares, ou seja, com Joaõ na padaria, nas ruas do Bixiga, na Lotérica, na Caixa Econômica da Paulista... Fiquei com vontade de "quero mais" - de quero mais Bixiga, de quero mais João, José, Júlio... Muito apropriado este nome "degustação". E amanhã, dá para "liberar" mais?
Clarice
por Vera Kaiser
Oi Fabio!Show de bola!!!! Continuo dizendo que você tem um estilo franco, limpo, mas incisivo, que prende o leitor. Verdadeiro bate bola de motes brasileiros, nossa cultura popular é mostrada num texto bem “costurado” (gíria francesa) e bem ritmado – (“se você acorda e nada está doendo é porque você já morreu ...- só corro atrás de bola e de saia... - vender alegria em saquinho”, etc..) Quase morri de tanto rir... Ao mesmo tempo você expõe, naturalmente e com muita sensibilidade, o sofrimento dessas vidas tão abandonadas e tristes que é a dos “esquecidos” pelo sistema, perdidos mas tentando se encontrar, e quase sem ilusões... Gente boa, sofrida, a quem só resta sonhar... tratadas em seus textos com muito cuidado, sensibilidade, quase (ou totalmente) com carinho... Quanta fluidez na sua maneira de escrever! Do paragrafo 12 até o fim, é puro gozo, divertimento para o leitor; diálogos divertidos, duplos sentidos no mais puro estilo do linguajar popular brasileiro ... belos momentos para Givair... Puro Brasil; ri muito, por momentos me entristeci , mas me deu uma baita saudade desse povo que eu amo... Muito lindo!
por Rafael Tannus
Ah meu, pqp! Vai pentear macaco! Que conto é este? Este cara é bom de prosa! Amanha eu leio de novo e dai eu consigo palpitar! - eu só não gostei do Urso, quebrou um tanto. Sei lá porquê... Faltou o galo, talvez? O Leão seria meio óbvio......talvez o galo também ! Não sei, amanhã talvez ! Mas meu, pqp, professor, que idéia! Ainda precisamos cair no Bixiga antes de você publicar este trem. Dívida de honra. Tomar um porre, chorar o passado e o presente. Brindar o futuro! Te mando comentários sóbrios e menos excitados amanhã. Que puta história. Amanha eu pretendo estar mais perto do Vieira. Ou ao menos longe dos vernáculos típicos das casas de tolerância. (no outro dia) Meu, difícil comentar sobriamente. Comentários pobres de uma história ótima. São inversamente proporcionais! Os comentários sobre os bichos eu já fiz, mas sincero mesmo são os palavrões....
Deolinda
por Fátima Nogueira
Sua Deolinda pode ser reconhecida em todas as mulheres, um misto de sonho, sofrimento e dor, mas acima de tudo cheia de amor. Você permitiu que eu viajasse num universo que também é meu. Parabéns, por conhecer a alma feminina tão bem quanto Almodovar, pena que não faz cinema.
por Samanta Roque
Chamou-me muito a atenção a maneira como ela começa na "lama" e vai se humanizando... "mulherizando"... no conto ao contrário....
O fato de ser madame e de ser cachaça não aparece pra mim na morte... Na morte aparece a mulher... e é aí que nos identificamos...
Isso muda a maneira de olhar por aí, em baixo das pontes, no Bixiga.... Deixa, de fato, todo mundo mais igual... Deixa a Madame Cachaça mais humana,mais mulher e a mulher um pouco mais Madame Cachaça....
por Rose Gonçalves
Gosto do primeiro parágrafo. O início é direto e forte, um soco no estômago.O texto todo se apresenta com um ritmo bem agradável de leitura. Para meu gosto, sobram alguns adjetivos e algumas expressões, mas é bastante fluido.“Havia gente boa por ali”. Gosto dessa frase se for tratada em uma chave irônica: a boa gente do Bixiga dá dinheiro para Deolinda beber,mas não se for para significar um elogio dessa gente.Não consigo imaginar como esse texto se relaciona ao conjunto da obra, mas acho que só viria a acrescentar qualidades a seu trabalho se a solidariedade entre os miseráveis se apresentasse às vezes com uma pitada de ironia, na linha de Machado. Aliás, seu estilo me lembra um pouco Machado de Assis e Nelson Rodrigues (essa associação ficou confusa?). Na obra dos dois autores podemos identificar com freqüência um estilo jornalístico, direto porém detalhadamente descritivo, de situar personagens, ação e lugar. Encontramos isso também em “Deolinda”. Gostei da leitura e achei muito bacana poder contribuir com minhasconsiderações.
Antenor
por Vivian Tiemi
O texto me fez entrar na cabeça do Antenor, a ponto de torcer que ele não morresse... Senti o friozinho da chuva, senti o cheirinho do bolo, senti aflição, sorri com a criança... apesar de concordar com tudo que o Antenor pensava naquele momento... Pois entrei na cabeça dele... Na minha visão, eu digo que vivi em alguns minutos a vida de outra pessoa através da sua escrita... Foi muito bom pensar de forma diferente e abrir minha visão vivendo um personagem que não foi minha criação... Incrível como você tem essa facilidade de nos fazer viver momentos totalmente diferentes da minha realidade em apenas um conto! Obrigada por ampliar meu horizonte! Ainda bem que o Antenor não morreu... Já tinha me apegado a ele e a criança! AMEI!!! Lança logo esse livro caramba!!!