quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Retornos 4

Aqui retorno de
FRANCISCO, AUGUSTA,
FERNANDO
e SÔNIA




Francisco
aguarda pedido (!)

Augusta
por Emma Siliprandi
Impressões imediatas: - muito descritivo. Eu gostaria mais se, ao invés de tanto detalhe do local tivesse mais diálogos interiores, mais o ponto de vista do personagem.- acho que você abandonou o fato de ele estar voltando para casa no final do jogo. No Pirandelo, por exemplo, havia alguma manifestação por conta da vitória? Era possível perceber alguma mudança naquele espaço por conta do jogo? Ou aquele público era imune ao momento? O mesmo quanto às boates. Gostei mais das duas primeiras páginas e do final. Gosto de ler e gosto de imaginar o que eu faria se fosse eu a escritora.... claro, usando as idéias dos outros!!!! Sempre é mais fácil criticar.

por Cristina Pires
Augusta é um texto que faz a gente revisitar um tempo lindo da população participante da política e do lirismo daquela rua. Aborda o deslumbramento que esta rua causou e ainda causa àqueles que vem conhecê-la, mesmo nos tempos de hoje, com seus novos significados. Você demorou para chegar lá, na rua, por causa do futebol, outro assunto muito bom. Ainda mais Brasil x Argentina. Mande mais. Fernando
aguarda retorno

Sônia
por Ana Maria Medeiros
Quer saber, achei a Sônia uma baita sacanagem, agora vou ter que ler o livro. Parabéns Fábio a sua narrativa prendeu minha atenção do começo ao fim do conto.o insólito me seduz.

por Elaine Grecco
A Sônia entrou em mim ou minha Sônia mexeu com minha insônia e me colocou pra sonhar... sei lá... só sei que não consegui me lembrar do compromisso de te escrever enquanto lia... foi numa tacada só. Adorei! Me pegou de surpresa... sem distância, colou. De repente, a imagem se fundiu como no espelho do Persona, como Fausto no Faustino... só posso te disponibilizar isso.... tô no impacto... Fiquei com cara de ué quando você disse que a Sônia "ainda o amava".... amava mesmo? será que dá pra falar de amor ou de costume, hábito...? Me lembrou uma frase de não sei quem: não nos apaixonamos por uma pessoa, nos apaixonamos por uma situação... Deu suspense sobre o que ela faria com a arma... pensei que ela pudesse ameaçá-lo para sair da letargia.... um confronto em busca de vida, mas não matá-lo. Sim, tem voz feminina... tá muito bom! Fluxo, clima, respiração.... tudo perfeito!

por Josca Barouk
Fico mesmo sem palavras... Muito densa, essa personagem! Muito verdadeira e, penso, comum . Se cada uma de nós se desse ao trabalho de se olhar no espelho ao entrar no elevador e entrasse em contato consigo mesma, talvez algumas escolhas que são empurradas para debaixo do tapete, ou para amanhã, com Scarlet Ohara diria, fossem tomadas e pudessem fazer diferença nessa mesmice cotidiana atrás da qual nos escondemos todos os dias... Apesar de estar muito bem, pessoalmente, o conto mexeu em cordas bem escondidas, bastante enrigecidas, no sótão do olhar e do pensar. É forte, Fábio! Mais forte a decisão de se entregar ao papel, ao personagem, deixando-o dominar a cena, sua vida, que teria se esvaído com a de Faustino, se por ventura estivesse ele deitado na cama. Sua vida conduzida pelo outro é nada! E assim continuaria a ser... Melhor seria se ela tomasse uma atitude: quebrar um copo, gritar, ficar nua, falar, falar sozinha, não ouvir as respostas de Faustino, pelo menos não aquelas que estão em sua mente e que se repetem virtualmente, com a cadência do final, confirmando-o. Fico pensando em quanto ela mesma se desconhece e a Faustino. O quanto ela vive com um Faustino imaginário, que nunca sairia sem sua arma. Pois bem, ele saiu... Ela não é essa mulher. E ele não é o Faustino que ela pensa ser. ela só se vê como mãe professora atriz. Não se vê como mulher. Assim, se seus olhos não percebem sua feminilidade sensual, os olhos de mais ninguém o farão. Parece um sonho sem fim...Um pesadelo de prisão...